Falar que sou isso ou aquilo, só me renderiam elogios e críticas, quem sou eu para me definir, se nem ao menos sei quem sou!!! A vida é uma grande peça e nós somos os artistas e a cada dia reinventamos o nosso espetáculo, algumas vezes somos principais em outras agimos apenas como coadjuvantes. A busca é incansável, só não conseguimos descobrir o que, pois somos complexos demais para percebermos que o que sempre buscamos está o tempo todo ao nosso lado!!!

quinta-feira, abril 28, 2016

RENÚNCIA... QUERER... DECISÃO!

     É neste momento que me deparo com aquela bifurcação na estrada. Chegou aquela hora que devo parar, analisar, pontuar, refletir e escolher. O peso é tão grande que minhas costas conseguem sentir. Não é um peso físico, mas emocional, um cansaço que entre linhas desgasta com o tempo e nos coloca diante de situações que exigem reflexões mais expansivas. 
    Por determinado período me achei uma "super mulher", daquelas que aguenta tudo, mas com o passar dos anos percebi que nada mais fui que uma espécie de marionete do tempo, costumeiramente me adaptei aos afazeres rotineiros e foi imperceptível o quanto me esqueci. Sim por inúmeras vezes me deixei de lado e agi como se houvessem me programado. Com horários e dias incontáveis para realizar certas tarefas que envolviam quase que todo meu tempo. O cansaço cada vez mais presente, me fez falhar em momentos aos quais eu deveria ter toda minha energia concentrada. Então já não me sobrava mais nada e continuei sem ao menos parar para pensar, não o que menos eu fazia era pensar, raciocinar era algo além do meu cronograma e programação. 
    Passaram se os dias, os meses e os anos e eu neste mundo ainda tentava me encontrar, buscava algo que nem ao menos sei o que é, mas buscava. Assim do nada vem a vida e me coloca diante daquela bifurcação, lá estava eu parada, olhando e tentando entender o que aquilo significava. Por dias considerei todas as possibilidades, todas as formas de seguir uma das estradas, visualizei nela todas as oportunidades as quais me fariam continuar assim "programada", mas lá no meu íntimo algo me dizia para seguir para o outro lado.
    Seguir para o outro lado significava RENÚNCIA e eu me perguntava se estava pronta para isso, palavra essa que me inquietou e muitas vezes me frustrou. Infinitas vezes pensei racionalmente e jamais deixe que emoções tomassem posse de minhas decisões, foram noites acordada calculando passos a serem tomados e como refletiriam em minha vida lá na frente. 
     Por fim a palavra RENÚNCIA foi tomando uma proporção diferente até que se tornou QUERER, e foi através desta palavra que cheguei a DECISÃO. O que ontem foi importante já deixou de ser. Aprendi que o querer de antes já não é o querer de hoje. Para alguns de certa forma loucura. Eu vejo apenas como momento de parar e reorganizar o que de fato é prioridade e eu insistia em dizer que não e que estava tudo bem.


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